segunda-feira, 1 de junho de 2009

ÁFRICA





























É o terceiro maior continente da Terra, ficando apenas atrás da Ásia e das Américas. Junto com as ilhas adjacentes, ocupa cerca de 30 milhões de km2, cobrindo 20,3% da área total da terra firme do planeta. É também o segundo continente mais populoso da Terra, ficando apenas atrás da Ásia. Possui mais de 800 milhões de habitantes em 54 países, representando cerca de um sétimo da população do mundo. Os países da África que têm o português como língua oficial são: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

Foto da Cidade do Cabo, na África do Sul.

História da África



A África tem como característica a diversidade cultural e sua História está bastante ligada à História do Brasil. Os africanos, que foram trazidos para nosso país como escravos, entre os séculos XVI e XIX, enriqueceram a cultura brasileira com seus costumes, rituais religiosos, culinária, danças etc. Somente no século XIX, com o movimento abolicionista, os negros ganharam a liberdade com a assinatura da Lei Áurea (1888).
O continente africano é um território banhado pelo Oceano Atlântico, pelo Mar Mediterrâneo e pelo Oceano Índico, onde provavelmente surgiram os primeiros seres humanos. Os mais antigos fósseis de hominídeos foram encontrados na África e têm cerca de cinco milhões de anos. Esse tipo de hominídeo, que habitava o sul e o leste da África, há cerca de 1,5 milhão de anos evoluiu para formas mais avançadas: o Homo habilis e o Homo erectus. O primeiro homem africano, o Homo sapiens, data de mais de 200.000 anos.
O Egito foi provavelmente o primeiro estado a constituir-se na África, há cerca de 5000 anos, mas muitos outros reinos ou cidades-estado foram sucedendo-se neste continente, ao longo dos séculos. Além disso, a África foi, desde a antiguidade, procurada por povos de outros continentes, que buscavam as suas riquezas como sal e ouro. A atual divisão territorial da África, no entanto, é muito recente – de meados do século XX – e resultou da descolonização européia.
No fim da década de 70, quase toda a África havia se tornado independente. Os jovens Estados africanos enfrentam vários problemas básicos, como o desenvolvimento econômico, o neocolonialismo e a incapacidade de se fazerem ouvir nos assuntos internacionais. A maioria dos Estados africanos é considerada parte do Terceiro Mundo.

Economia da África



A África é o continente mais pobre do mundo. Cerca de 1/3 dos habitantes da África vivem com menos de 1 dólar ao dia, abaixo do nível da pobreza definido pelo Banco Mundial. O avanço de epidemias, o agravamento da miséria e os conflitos armados levam esta região a um verdadeiro caos. Além disso, quase 2/3 dos portadores do vírus HIV do planeta vivem neste continente. O atraso econômico e a ausência de uma sociedade de consumo em larga escala, colocam o mercado africano em segundo plano no mundo globalizado. O PIB total da África é de apenas 1% do PIB mundial e o continente participa de apenas 2% das transações comerciais que acontecem no mundo.
Em sua maioria, os africanos são tradicionalmente agricultores e pastores. A colonização européia aumentou a demanda externa de determinados produtos agrícolas e minerais. Para atendê-la, construíram-se sistemas de comunicação, introduziram-se cultivos e tecnologia europeus e desenvolveu-se um sistema de economia de intercâmbio comercial, que continua coexistindo com a economia de subsistência.
Embora um quarto do território africano seja coberto por florestas, grande parte da madeira só tem valor como combustível. Gabão é o maior produtor de okoumé, um derivado da madeira usado na elaboração de compensado (madeira em chapa). Costa do Marfim, Libéria, Gana e Nigéria são os maiores exportadores de madeira de lei. A pesca marítima, que é muito difundida e voltada para o consumo local, adquire importância comercial no Marrocos, na Namíbia e na África do Sul. A mineração representa a maior receita dentre os produtos exportados. As indústrias de extração mineral são o setor mais desenvolvido em boa parte da economia africana. Além disso, Serra Leoa tem a maior reserva conhecida de titânio.
A nação mais industrializada do continente é a África do Sul, que alcançou relativa estabilidade política e desenvolvimento, possuindo sozinha 1/5 do PIB de toda a África. Porém, também já foram implantados notáveis centros industriais no Zimbábue, no Egito e na Argélia. O principal bloco econômico é o SADC, formado por 14 países, que se firma como o pólo mais promissor do continente.

População da África








A população da África é de mais de 800 milhões de habitantes, distribuídos em 54 países e representando cerca de um sétimo da população do mundo. Na parte norte do continente, inclusive no Saara, predominam os povos caucasóides, principalmente berberes e árabes. Constituem aproximadamente a quarta parte da população do continente. Ao sul do Saara, predominam os povos negróides, cerca de 70% da população africana. Na África meridional, existe uma concentração de povos khoisan, san (bosquímanos) e khoikhoi (hotentotes). Os pigmeus concentram-se na bacia do rio Congo e na Tanzânia. Agrupados principalmente na África meridional, vivem 5 milhões de brancos de origem européia.
Na África, falam-se mais de mil línguas diferentes. Além do árabe, as mais faladas são o suaíle e o hauçá. As principais famílias ou grupos idiomáticos são o congo-cordofanês, o nilo-saariano, o camito-semítico ou afro-asiático e o das línguas khoisan.
O cristianismo, a religião mais difundida, e o islamismo são as principais religiões. Cerca do 15% dos povos africanos praticam religiões animistas ou locais. Grande parte da atividade cultural africana concentra-se na família e no grupo étnico. Com a intensificação do nacionalismo, a cultura tradicional africana teve recentemente um importante ressurgimento. Abaixo são apresentados alguns índices relativos à população do continente, juntamente com o ano a que se referem.

África - Aspectos físicos


A África está separada da Europa pelo mar Mediterrâneo e liga-se à Ásia na sua extremidade nordeste pelo istmo de Suez. No entanto, a África ocupa uma única placa tectônica, ao contrário da Europa que partilha com a Ásia a Placa Euro-asiática. Ao norte, é banhada pelo oceano Atlântico na sua costa ocidental e pelo oceano Índico do lado oriental.Com a exceção da costa norte e dos montes Atlas, o território africano é um planalto vasto e ondulado, desfigurado por grandes bacias. Em geral, a altitude do continente aumenta de noroeste para sudeste. As faixas litorâneas baixas, com exceção da costa mediterrânea e da costa da Guiné, são estreitas e elevam-se bruscamente em direção ao planalto. A característica peculiar do planalto setentrional é o Saara, que se estende por mais de um quarto do território africano. Os planaltos central e meridional englobam várias depressões importantes, em especial a bacia do rio Congo e o deserto de Kalahari. Outros elementos ao sul do planalto são as montanhas Drakensberg, na costa a sudeste, e o Karoo. As montanhas orientais, que constituem a parte mais alta do continente, se prolongam desde o mar Vermelho até o rio Zambeze. Ao sul do planalto etíope, erguem-se vários picos vulcânicos, como o monte Kilimanjaro, o Quênia e o Elgon. Um elemento topográfico característico é o Rift Valley. A oeste, fica a cordilheira Ruwenzori.
Há poucos rios na África, mas grandes e extensos como o Rio Nilo com mais de 6.500 km de extensão, o maior do mundo em extensão. Existem também o Rio Niger, Rio Congo ou Rio Zaire, Rio Zambeze, Rio Limpopo, Rio Orange e outros.
Podem-se distinguir sete zonas climáticas e de vegetação. No centro do continente e na costa oriental de Madagascar, o clima e a vegetação são tropicais. O clima da costa de Guiné assemelha-se ao clima equatorial, mas tem apenas uma estação de chuvas. No norte e no sul, o clima próprio de floresta tropical é substituído por uma zona de clima tropical de savana que envolve um-quinto da África. Longe do equador, ao norte e ao sul, a zona do clima de savana transforma-se em uma zona de estepe seca. As zonas das extremidades noroeste e sudoeste são de clima mediterrâneo. Nos planaltos elevados da África meridional, o clima é temperado. A África tem uma área de clima árido, ou desértico, maior do que em qualquer outro continente, com exceção da Austrália. No que diz respeito à fauna, a África apresenta duas zonas diferenciadas. A do norte e noroeste, que inclui o Saara e carateriza-se por uma fauna parecida com a da Eurásia. A outra zona é a da África ao sul do Saara, com uma grande variedade de animais, entre os quais estão os antílopes, as girafas, os elefantes africanos, os leões e os leopardos.
A África é muito rica em recursos minerais. Possui a maioria dos minerais conhecidos, muitos deles em quantidades notáveis. Tem grandes jazidas de carvão, reservas de petróleo e de gás natural, bem como reservas de ouro, diamantes, cobre, bauxita, manganês, níquel, rádio, germânio, lítio, titânio e fosfato.

A Grande depressão de 1929



A crise econômica desencadeada a partir de 1929, quando da quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque, reflete a crise mais geral do capitalismo liberal e da democracia liberal. No período entre guerras (1919 -- 39), a economia procurou encontrar caminhos para sua recuperação, a partir do liberalismo de Estado, ao mesmo tempo em que consolidava-se o capitalismo monopolista. Mesmo nos EUA, as leis anti-trustes perdiam o efeito e grandes empresas -- industriais e bancárias -- tomavam conta do cenário econômico, protegidas pela política não intervencionista adotada principalmente a partir de 1921.

A PROSPERIDADE AMERICANA

Desde o final do século XIX, a indústria norte americana conheceu um grande crescimento, no quadro da Segunda Revolução Industrial.
Em 1912 foi eleito o presidente Woodrow Wilson, do Partido Democrata, a partir da defesa da Nova Liberdade, que começou a ser aplicada com a criação de leis trabalhistas específicas a algumas categorias profissionais como os marinheiros e de leis que pretendiam eliminar os grandes privilégios de pequenos grupos, através de mecanismos que coibiam o controle de mercado, aperfeiçoando a Lei Anti truste. No entanto o início da Primeira Guerra anulou essa política e a economia passou a ser dominada por Trustes, Holdings e Cartéis.
As transações de produtos industriais e agrícolas se ampliaram com a abertura de créditos aos aliados, seguida da concessão de empréstimos à Inglaterra e França.


A produção norte americana deu um salto gigantesco em vários setores, destacando-se a indústria bélica, de material de campanha, de alimentos e mesmo de setores destinados ao consumo interno, uma vez que o potencial de consumo no país aumentou com a elevação do nível de emprego; ou ainda para a exportação, principalmente para a América Latina, tomando o lugar que tradicionalmente coube à Inglaterra.

O PERÍODO ENTRE GUERRAS

Terminada a Guerra, realizou-se a Conferência de Paris, onde os três grandes tomaram as principais decisões e impuseram os tratados aos países vencidos. No entanto, apesar da participação do presidente Wilson, os EUA não criaram mecanismos que garantissem sua participação nas reparações de guerra ou o pagamento dos empréstimos e das vendas aos países aliados, ao mesmo tempo em que não reivindicaram nenhum território colonial.
O fim da guerra provocou a retração da economia norte americana, pois a industria de guerra diminuía o ritmo de produção, assim como os soldados que voltavam da guerra não eram absorvidos pelo mercado de trabalho, entre 1919 e 21 o país viveu a "Pequena Crise", determinando a derrota dos democratas.
A partir de 1922 a França e a Inglaterra começam o processo de recuperação e passam a saldar suas dívidas com os EUA, porém esse procedimento somente será colocado em prática, na medida em que os alemães pagarem as reparações de guerra. A partir de 1924, os EUA passam a colaborar com a recuperação da economia alemã, fazendo investimentos no país, garantindo assim o pagamento das reparações e consequentemente das dívidas da época da Guerra esse período, após o ano de 1921, até a crise de 29 ficou conhecido como Big Bussines, caracterizado por grande desenvolvimento tecnológico, grande aumento da produção em novas áreas como a automobilística, geração de emprego e elevação do nível de consumo das camadas médias urbanas. Os edifícios tronaram-se os símbolos da prosperidade norte americana. A política econômica adotada pelos republicanos estimulava o desenvolvimento industrial em setores variados, a concentração de capitais ao mesmo tempo em que inibia as importações; essa política caracterizava-se pelo nacionalismo, que do ponto de vista social traduziu-se em preconceito e intolerância.

A CRISE
Alguns componentes são fundamentais para a compreensão da crise: 1) a superprodução que desenvolveu-se durante e mesmo após a Primeira Guerra Mundial, quando o mercado consumidor estava em expansão. Após a guerra e com o início da recuperação do setor produtivo dos países europeus, a produção norte americana entrou em declínio. Essa situação expressou-se principalmente no setor agrícola.
2) A especulação na década de 20 foi um fenômeno que também alimentou a crise, pois como as empresas estavam obtendo altos lucros, suas ações tenderam a crescer, originando sociedades anônimas e empresas responsáveis apenas por gerir e investir dinheiro.
A primeira expressão da crise ocorre no campo, na medida em que as exportações diminuíam, os grandes proprietários não conseguiam saldar as dívidas realizadas no período da euforia, além disso eram forçados a pagar altas taxas para armazenar seus grãos, acumulando dívidas que os levou, em massa, à falência.
A crise no campo refletiu-se nas cidades com o desabastecimento pois o poder de compra diminuía na medida em que a mecanização da indústria passou a gerar maior índice de desemprego; e ao mesmo tempo promoveu a quebra de instituições bancárias, que confiscavam as terras e ao mesmo tempo não recebiam os pagamentos dos industriais que passavam a não vender sua produção

A QUINTA-FEIRA NEGRA

A decadência nas vendas determinou um grande aumento dos estoques e ao mesmo tempo privou os industriais de capital necessário para saldar suas dívidas ou mesmo manter sua atividade. Dessa forma, muitos empresários passaram a vendar suas ações no mercado financeiro, elevando seu valor, como forma de levantar recursos e manter a produção; porém a elevação das ações fez com que milhares de pessoas passassem a vender as ações que, ao não encontrarem compradores despencaram, provocando vertiginosa queda nas cotações, levando bancos e industrias à falência, determinando a queda dos preços dos produtos agrícolas, provocando o desemprego de milhares de pessoas: 3 milhões em abril de 1930, 4 milhões em outubro do mesmo ano, 7 milhões um ano depois, 11 milhões m outubro de 32, de 12 a 14 milhões nos primeiros meses de 1933.

A CRISE MUNDIAL

A crise espalhou-se rapidamente pelo mundo, devido a interdependência do sistema capitalista. Os EUA eram o maior credor dos países europeus e latinos e passaram a exercer forte pressão no sentido de receberem seus pagamentos. Com a quebra industrial, o bastecimento do mercado latino americano foi afetado, provocando a falte de produtos e a elevação de preços, as importações norteamericanoas diminuíam e mais uma vez os países latinos sentiam os efeitos da crise, pois viviam da exportação de gêneros primários ou mesmo supérfluos, como o café no Brasil.
Na medida em que a economia européia se retraía, as áreas coloniais na Ásia e na África eram afetadas, pois aumentava a exploração das potências imperialistas.O único país a não sentir os efeitos da crise foi a URSS, que naquele momento encerrava o primeiro Plano Quinquenal e preparava o segundo, ou seja, desenvolvia uma economia fechada, que não utilizou-se de recursos externos, apesar das grandes dificuldades do país após a Revolução Russa e a Guerra Civil.